A Assembleia Geral da ONU se reuniu em Nova York esta semana, abordando não apenas as crises em Palestina e Sudão, mas também a crescente preocupação com a inteligência artificial (IA). Durante o encontro, a laureada com o Prêmio Nobel, Maria Ressa, destacou a campanha por ‘Linhas Vermelhas da IA’, instando os governos a se unirem para prevenir riscos inaceitáveis associados à tecnologia. Mais de 200 políticos e cientistas, incluindo 10 vencedores do Nobel, apoiaram a iniciativa.
Na quarta-feira, o Conselho de Segurança da ONU promoveu um debate aberto sobre ‘inteligência artificial e paz e segurança internacionais’. Representantes de diversos países enfatizaram que a IA é uma realidade contemporânea que requer regulamentação imediata, especialmente em relação a armas autônomas e questões nucleares. O representante da Bielorrússia alertou sobre as desigualdades globais no desenvolvimento da IA, sugerindo que uma nova divisão tecnológica poderia levar a um neocolonialismo.
O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, anunciou a criação do Diálogo Global sobre Governança da Inteligência Artificial, um fórum que incluirá todos os estados membros da ONU e representantes do setor privado. Guterres também mencionou a abertura de candidaturas para um novo painel científico independente sobre IA, destacando a importância de garantir que os benefícios da tecnologia sejam compartilhados equitativamente entre todos os países. As implicações dessas discussões podem moldar o futuro da regulamentação da IA em nível global.