A Assembleia Geral das Nações Unidas adotou, nesta sexta-feira (12), a Declaração de Nova York, que visa dar um novo impulso à solução de dois Estados no Oriente Médio, sendo um israelense e outro palestino. A resolução foi aprovada por 142 votos a 10, com 12 abstenções, e pede a exclusão do Hamas do governo. Entre os países que apoiaram a medida estão a Itália e outros 26 Estados-membros da União Europeia, enquanto os contrários incluem Estados Unidos, Israel, Hungria, Argentina e Paraguai.
O documento, redigido pela França e pela Arábia Saudita, condena os ataques perpetrados pelo Hamas em 7 de outubro contra civis em Israel. Além disso, afirma que o grupo deve interromper sua autoridade em Gaza, entregar as armas e libertar todos os reféns. A Declaração de Nova York também clama pelo fim da guerra em Gaza e por uma solução justa e duradoura para o conflito israelense-palestino, baseada na implementação efetiva da solução de dois Estados.
Com vistas a um futuro cessar-fogo na região, a declaração menciona a implantação de uma missão internacional temporária de estabilização sob mandato do Conselho de Segurança da ONU. Essa missão tem como objetivo proteger a população local, fortalecer a capacidade do Estado palestino e garantir segurança para ambos os lados. A declaração servirá como base para a cúpula marcada para 22 de setembro, onde o presidente francês Emmanuel Macron prometeu reconhecer o Estado palestino, enfatizando um caminho irreversível para a paz no Oriente Médio.