A Assembleia Geral da ONU votou em 12 de setembro de 2025 a favor de uma resolução não vinculante que apoia a criação de um Estado palestino sem a presença do Hamas, com 142 votos a favor e 10 contrários. A proposta, apresentada pela França, condena o Hamas como uma organização terrorista e exige que o grupo entregue suas armas, enfatizando que o reconhecimento de um Estado palestino deve ocorrer sem o Hamas. A decisão se dá em um momento crítico, após o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmar que “não haverá um Estado palestino” e assinar um plano para expandir colônias judaicas na Cisjordânia ocupada.
O texto da resolução, formalmente denominado Declaração de Nova York sobre a “Solução Pacífica da Questão da Palestina e a Implementação da Solução de Dois Estados”, foi coassinado por diversos países árabes e endossado pela Liga Árabe. Ele também pede ações coletivas para encerrar a guerra em Gaza e alcançar uma solução duradoura para o conflito israelense-palestino. O vice-líder da Autoridade Palestina, Hussein al-Sheikh, elogiou a resolução como um passo importante para o fim da ocupação e a conquista do Estado palestino.
A votação antecede uma cúpula da ONU em Nova York, onde líderes como Emmanuel Macron prometem reconhecer formalmente o Estado palestino. A resolução é vista como uma resposta à pressão internacional sobre Israel para encerrar a guerra em Gaza, desencadeada pelos ataques do Hamas em outubro de 2023. Contudo, a situação permanece tensa, com Netanyahu reiterando sua oposição à criação de um Estado palestino e desafios logísticos para a participação do líder palestino Mahmoud Abbas na cúpula da ONU.