Mais de 1 bilhão de pessoas vivem com transtornos mentais, segundo os relatórios World Mental Health Today e Mental Health Atlas 2024, divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na última semana. A entidade alerta que essa realidade gera sérios impactos humanos e econômicos, defendendo a expansão global de serviços voltados à proteção e promoção da saúde mental. As mulheres são desproporcionalmente afetadas, com condições como ansiedade e depressão sendo prevalentes em todas as comunidades e idades.
A OMS destaca que o suicídio causou cerca de 727 mil mortes em 2021, sendo uma das principais causas de morte entre jovens. Apesar de alguns avanços, como a adoção de programas de promoção da saúde mental em muitos países, o gasto médio dos governos com saúde mental permanece em apenas 2% dos orçamentos de saúde. A escassez crítica de profissionais na área é alarmante, especialmente em países de baixa e média renda, onde menos de 10% das pessoas afetadas recebem cuidados adequados.
Diante desse cenário preocupante, a OMS faz um apelo urgente para que governos e parceiros internacionais ampliem os esforços na transformação dos sistemas de saúde mental. Entre as prioridades estão garantir financiamento equitativo, promover reformas legais que respeitem os direitos humanos e expandir os cuidados comunitários. A organização enfatiza que investir em saúde mental é fundamental para o bem-estar das pessoas e das economias globais.