A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) manifestou, nesta segunda-feira, 15, seu repúdio à agressão sofrida por Melina Girardi Fachin, filha do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin. O incidente ocorreu na última sexta-feira, 12, em Curitiba, onde Melina, professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), foi alvo de agressões verbais e uma cusparada de um homem não identificado dentro do campus universitário.
A OAB classificou o ato como um ataque à democracia, enfatizando a importância do respeito às liberdades e ao pluralismo no ambiente acadêmico. Em nota, a entidade afirmou que episódios como esse não podem ser tolerados e reafirmou seu compromisso com a construção de uma sociedade livre de intolerância e violência. O Centro de Estudos da Constituição (CCONS), vinculado à UFPR, também se manifestou, alertando para um cenário crescente de hostilidade que ameaça o espaço universitário.
Até o momento, Melina não se pronunciou sobre o ocorrido. Seu marido, Marcos Gonçalves, descreveu a agressão como covarde nas redes sociais. A UFPR informou que está analisando a situação e que o caso será discutido em reunião do Conselho de Planejamento e Administração na próxima terça-feira, 16. O ministro Edson Fachin, que assumirá a presidência do STF no final deste mês, enfrenta um contexto político tenso após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por crimes relacionados a tentativas de golpe de Estado.