A Nvidia, gigante norte-americana na fabricação de chips, viu suas ações despencarem na noite de quarta-feira (27/8) após a divulgação de seu balanço financeiro. A empresa revelou que não fechou vendas do chip de inteligência artificial H20 para clientes da China, um reflexo direto da guerra comercial iniciada pelo ex-presidente Donald Trump. Embora tenha reportado um lucro líquido de US$ 26,4 bilhões no segundo trimestre, a queda nas ações resultou em uma perda de cerca de US$ 110 bilhões em valor de mercado.
O desempenho da Nvidia foi ofuscado pela falta de vendas para o mercado chinês, que se tornou um ponto crítico devido às restrições comerciais. Em abril, Trump havia proibido a venda desses produtos, mas recentemente fez uma concessão parcial. A empresa também enfrentou reações cautelosas do mercado em relação ao segmento de data centers, que, apesar de registrar crescimento, não atingiu as expectativas dos analistas.
As projeções para o terceiro trimestre fiscal indicam vendas em torno de US$ 54 bilhões, abaixo das previsões do mercado que esperavam US$ 60 bilhões. Essa discrepância gera especulações sobre uma possível desaceleração nos investimentos em inteligência artificial, um setor que vinha apresentando crescimento robusto até agora. A situação atual da Nvidia pode sinalizar desafios futuros para a indústria tecnológica como um todo.
