Número de universitários com deficiência mais que dobra em dez anos no Brasil

Camila Pires
Tempo: 1 min.

O número de estudantes com deficiência matriculados em universidades brasileiras mais que dobrou na última década, conforme dados do Censo da Educação Superior divulgado pelo Ministério da Educação em 2024. Atualmente, cerca de 95 mil alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento ou altas habilidades/superdotação estão matriculados em cursos de graduação, representando 0,9% do total.
Em 2014, esse grupo correspondia a aproximadamente 33 mil matrículas, ou 0,4% do universo de graduandos. O crescimento está relacionado à adoção de políticas de cotas e à oferta de vestibulares mais acessíveis, que facilitaram o ingresso desses estudantes nas instituições de ensino superior. Apesar do avanço significativo, a participação ainda é inferior a 1%, evidenciando desafios para a inclusão plena.
Esse aumento nas matrículas reforça a importância das políticas públicas voltadas à inclusão e aponta para a necessidade de ampliar recursos e adaptações nas universidades para garantir a permanência e o sucesso acadêmico desses alunos. O cenário indica um progresso gradual, mas destaca que ainda há espaço para melhorias no acesso e na permanência dos estudantes com deficiência no ensino superior brasileiro.

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