O mercado de capitais brasileiro, historicamente dominado pela B3 — resultado da fusão entre BM&F, Bovespa e Cetip — enfrenta um cenário de concorrência inédita com o surgimento de quatro novas bolsas: Base Exchange, A5X, CSD BR e BEE4. Essas plataformas, previstas para iniciar operações em 2026, buscam quebrar o monopólio da B3 na infraestrutura de negociação de ativos, ampliando a pluralidade e acessibilidade do mercado.
Cada nova bolsa apresenta um foco distinto e conta com investidores internacionais de peso, como Citi, Morgan Stanley, UBS, Mubadala Capital e bancos como Itaú e ABN Amro. Enquanto a Base Exchange aposta no desenvolvimento interno para oferecer agilidade e flexibilidade, a A5X aposta em parcerias globais para estruturar sua operação. A BEE4 mira o segmento de pequenas empresas, buscando espaço em nichos ainda pouco explorados.
Apesar do entusiasmo dos novos entrantes, especialistas destacam que a B3 mantém uma posição consolidada graças à sua experiência e portfólio diversificado. O papel dos reguladores, como Banco Central e CVM, é fundamental para garantir a solidez do sistema durante essa transição. A expectativa é que a competição estimule inovação e crescimento do mercado brasileiro, embora o desafio de dividir liquidez e relevância permaneça significativo.