O New York Times publicou uma reportagem detalhando as tentativas do ex-presidente Jair Bolsonaro de anular a eleição presidencial de 2022, na qual foi derrotado. Segundo o jornal, Bolsonaro teve apenas nove semanas para executar um plano que envolvia aliados e militares, com o objetivo de desacreditar as urnas eletrônicas e mobilizar forças para contestar o resultado das eleições. A investigação, que se estendeu por quase dois anos, revelou depoimentos e documentos que indicam uma trama complexa e arriscada.
A reportagem destaca que os promotores alegam que Bolsonaro e seus aliados trabalharam para semear dúvidas sobre a legitimidade da eleição, chegando a elaborar planos extremos, incluindo ameaças de assassinato contra adversários políticos. Um documento datado de 9 de novembro sugere um plano para eliminar Lula e seu vice, Geraldo Alckmin, utilizando venenos ou explosivos. No entanto, a defesa de Bolsonaro refuta as acusações, alegando que o caso se baseia em mentiras e evidências frágeis.
Conforme a investigação avança, fica claro que os planos de golpe foram abandonados após a recusa dos comandantes militares em participar da subversão do processo eleitoral. A situação levanta questões sobre as implicações políticas para Bolsonaro e seus aliados nas próximas eleições, especialmente em um contexto onde a narrativa de um golpe fracassado pode impactar sua imagem pública e suas futuras aspirações políticas.