O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, discursou nesta sexta-feira (26) na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, diante de um plenário esvaziado. Diversas delegações, incluindo a do Brasil, se retiraram antes do início da fala como forma de protesto, embora representantes de países como Estados Unidos, Reino Unido e França tenham permanecido no auditório. Parte da plateia reservada a convidados chegou a aplaudir trechos do discurso.
Netanyahu falou por mais de 40 minutos, desafiando a recomendação da ONU de limitar os discursos a 15 minutos. Ele prometeu que Israel continuará atacando a Faixa de Gaza até que “termine o trabalho” no território palestino e rejeitou a criação de um Estado Palestino. O primeiro-ministro também negou que as forças israelenses estejam causando mortes de civis ou fome em Gaza, afirmando que estão lutando uma batalha pelo Ocidente.
O discurso ocorre em meio a uma crise humanitária em Gaza, onde mais de 65 mil pessoas já morreram desde o início da ofensiva israelense. Netanyahu relembrou o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 e enviou uma mensagem aos reféns mantidos em Gaza, destacando que Israel não os esqueceu. A situação no território é crítica, com grande parte em ruínas e organizações internacionais alertando sobre a gravidade da crise humanitária.