O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, aprovou um controverso plano de expansão de assentamentos na Cisjordânia nesta quinta-feira, 11 de setembro de 2025. Durante uma visita ao assentamento de Maale Adumim, Netanyahu declarou que ‘nunca haverá um Estado palestino’, reforçando sua posição ao afirmar que ‘este lugar é nosso’. O projeto E1, que estava congelado desde 2012 e 2020 devido a objeções internacionais, será retomado com a construção de milhares de unidades habitacionais e modernização da infraestrutura, estimando-se um custo de cerca de US$ 1 bilhão.
A decisão de Netanyahu ocorre em um contexto de crescente tensão, especialmente após bombardeios israelenses em Doha que resultaram na morte de membros do Hamas. O plano E1, apoiado por ultranacionalistas da coalizão governamental, é amplamente rejeitado pela comunidade internacional, incluindo a União Europeia e os Estados Unidos, que consideram os assentamentos ilegais sob o direito internacional. A Holanda já declarou persona non grata o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, e outros países aplicaram sanções financeiras.
Especialistas alertam que a expansão dos assentamentos pode dividir a Cisjordânia e dificultar a criação do Estado da Palestina. Com cerca de 700.000 colonos vivendo em aproximadamente 160 assentamentos na região, a medida representa um desafio significativo para os esforços de paz e pode levar a um aumento das tensões entre Israel e os palestinos. A situação se complica ainda mais com movimentos europeus que buscam reconhecer formalmente o Estado da Palestina nas próximas semanas.