Centenas de nepaleses lotaram o principal aeroporto do Nepal, em Katmandu, nesta quinta-feira, 11, em busca de voos internacionais após a reabertura do local. A confusão sobre quem governará a nação persiste após protestos violentos que resultaram na renúncia do primeiro-ministro Khadga Prasad Oli e na morte de 30 pessoas. O exército assumiu o controle da capital, enquanto os cidadãos se apressavam para comprar alimentos básicos e tentar deixar o país.
Os protestos começaram na segunda-feira, 8, após o governo bloquear temporariamente redes sociais, gerando indignação popular. A situação se agravou com ataques a prédios governamentais e a mobilização militar, que foi necessária para restaurar a ordem. A busca por um novo líder interino continua, com propostas de figuras como Sushila Karki, ex-presidente do Supremo Tribunal, mas a divisão entre os manifestantes persiste.
A crise no Nepal reflete um descontentamento mais amplo com a corrupção e a desigualdade social, especialmente entre os jovens. Com o desemprego juvenil em alta e muitos buscando oportunidades no exterior, a instabilidade política pode levar a um êxodo ainda maior. As manifestações revelam uma população cansada de promessas não cumpridas e em busca de mudanças significativas na governança do país.