A Natura (NATU3) anunciou na manhã desta segunda-feira (15) a venda das operações da Avon na Guatemala, Nicarágua, Panamá, Honduras, El Salvador e República Dominicana ao Grupo PDC. O acordo, que inclui um pagamento simbólico de US$ 1,00 e US$ 22 milhões em recebíveis, marca um passo significativo na estratégia da empresa para limpar seu portfólio e reduzir sua dívida. Após o anúncio, as ações da Natura apresentaram uma leve alta, refletindo a reação do mercado ao progresso na venda de ativos considerados deficitários.
Os analistas do Bradesco BBI destacam que a venda é positiva, pois representa um avanço na descontinuação de operações em 41 países, com seis já tratadas nesta transação. Embora a venda da Avon CARD não resolva todos os problemas financeiros da Avon Internacional, ela sinaliza um movimento em direção à simplificação dos negócios e ao foco nas operações da América Latina. O JPMorgan também vê a movimentação como um pequeno progresso, ressaltando que a continuidade do plano de longo prazo é bem recebida pelos investidores.
A expectativa agora recai sobre a conclusão das vendas das demais operações da Avon Internacional. Apesar de os resultados de curto prazo poderem ser voláteis, essa transação pode contribuir para uma reavaliação estrutural da Natura, especialmente se o fluxo de caixa convergir para os números da Natura Cosméticos. A empresa continua buscando alternativas para a Avon International, que permanece classificada como ativo mantido para venda.