A Natura (NATU3) anunciou nesta segunda-feira, 15 de setembro de 2025, a venda da Avon na América Central e República Dominicana, marcando um passo significativo em sua reestruturação. A transação envolve a venda de operações em seis dos 41 países que compõem a Avon Internacional e sinaliza a intenção da empresa de se desfazer de ativos problemáticos, incluindo a divisão russa. Desde a aquisição da marca em 2020, a Avon se tornou um desafio para a Natura, que agora busca otimizar seu portfólio.
O desmembramento da Avon CARD foi um movimento estratégico que começou a ser delineado há cerca de um mês, quando a Natura passou a tratar esses ativos como “mantidos para venda”. A venda para o Grupo GPD inclui um acordo para que a Avon continue fornecendo produtos na região, com produção realizada em uma fábrica no México. A CFO da Natura, Silvia Vilas Boas, afirmou que todas as alternativas estão sendo avaliadas para o processo de venda dos ativos internacionais restantes.
Analistas do mercado, como Andrea Aznar do Banco do Brasil BI e especialistas da XP, consideram que a próxima venda pode ser a da Avon Rússia, o que facilitaria a conclusão do desinvestimento da Avon Internacional. Embora o anúncio não tenha implicações financeiras imediatas significativas, ele melhora o sentimento em relação aos esforços da Natura para resolver os problemas associados à marca. Um relatório do Santander IB estima uma economia de caixa de aproximadamente R$ 60 milhões para a empresa até 2025.