Nos anos 1960, a NASA desenvolveu a glicose-L, um açúcar sem calorias, durante a missão Viking 1 a Marte. Criado pelo engenheiro Gilbert V. Levin, esse açúcar não é metabolizado pelo corpo humano e foi submetido a testes com consumidores, que não notaram diferença em relação ao açúcar comum. Apesar do potencial promissor, a produção da glicose-L revelou-se economicamente inviável, impedindo sua comercialização.
A pesquisa de Levin, realizada por meio da Spherix Inc., resultou na patente da glicose-L como um adoçante de baixo valor calórico. Embora o açúcar não tenha chegado ao mercado, a investigação levou à descoberta do tagatose-D, um adoçante que possui 92% da doçura do açúcar convencional e apenas 38% das calorias. Este novo adoçante é considerado seguro pela FDA, mas ainda aguarda aprovação pela Anvisa no Brasil.
As implicações dessa pesquisa são significativas para o futuro dos adoçantes e da alimentação saudável. A possibilidade de introduzir novos produtos com menos calorias no mercado pode atender à crescente demanda por alternativas mais saudáveis ao açúcar tradicional. Assim, mesmo sem a comercialização da glicose-L, o trabalho de Levin abre portas para inovações no setor de alimentos e adoçantes.