Na região do Cariri, no Ceará, mestres da cultura popular estão transformando suas expressões artísticas em fontes de sustento econômico. O projeto dos museus orgânicos, criado pelo Sesc Ceará em parceria com a Fundação Casa Grande, já conta com dezessete museus na área e tem se mostrado um motor de desenvolvimento, gerando renda e fortalecendo o turismo local. Essa iniciativa não apenas preserva as tradições culturais, mas também impacta positivamente a vida das comunidades envolvidas.
Entre os destaques está o Museu do Ciclo do Couro – Memorial Espedito Seleiro, em Nova Olinda, que atrai visitantes de todo o Brasil e do exterior. O mestre Espedito Seleiro, com sua arte reconhecida internacionalmente, exemplifica como a cultura pode ser um caminho para o desenvolvimento econômico. Além dele, outros mestres, como Dona Dinha e Maria do Socorro Nascimento, também têm suas histórias entrelaçadas com o crescimento dos museus orgânicos, que agora funcionam como espaços de aprendizado e troca cultural.
As implicações desse projeto vão além da preservação cultural; ele promove um turismo comunitário que beneficia diversos setores da economia local. A pesquisadora Fabiana Barbosa destaca que essas experiências impactam diretamente a geração de renda e a movimentação de pessoas nas comunidades. Assim, os museus orgânicos do Cariri não são apenas pontos turísticos, mas sim centros de vivência cultural que fortalecem a identidade regional e oferecem novas oportunidades para seus habitantes.