Os grupos Mota-Engil, de origem portuguesa, e Acciona, conglomerado espanhol de infraestrutura e energia renovável, apresentaram propostas para o leilão do túnel imerso Santos-Guarujá na sede da B3, em São Paulo, nesta segunda-feira, 1º de setembro. A Mota-Engil conta com a China Communications Construction Company (CCCC) entre seus acionistas, enquanto a Acciona é responsável pela Linha 6 do Metrô de São Paulo e atua em concessões de saneamento no Paraná e Espírito Santo. O leilão está agendado para sexta-feira, 5 de setembro, após decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que manteve o cronograma. O secretário de Parcerias em Investimentos de São Paulo, Rafael Benini, informou que a mudança da data foi solicitada por interessados após um roadshow na Europa. O investimento total está estimado em R$ 6,8 bilhões, com R$ 5,1 bilhões provenientes de aportes públicos. O túnel Santos-Guarujá é uma demanda histórica dos moradores da região e promete reduzir a travessia para poucos minutos. O projeto será o primeiro do tipo imerso no Brasil, com 1,5 km de extensão. Estruturado como uma parceria público-privada (PPP), o contrato terá duração de 30 anos e envolverá construção, operação e manutenção da infraestrutura. A obra já se tornou alvo de disputas políticas entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que buscam reivindicar a paternidade do projeto.