A morte de Alícia Valentina, uma menina de 11 anos, após ser espancada em uma escola em Belém do São Francisco, Pernambuco, gerou uma intensa discussão sobre negligência médica e segurança escolar. Segundo relatos da mãe, a médica que atendeu Alícia no primeiro hospital não considerou seu estado grave e não retornou para uma nova avaliação, o que levou a mãe a retirar a filha da unidade sem a alta formal. Após ser transferida para o Hospital da Restauração, no Recife, Alícia faleceu quatro dias depois da agressão.
A situação se agravou com a revelação de que a menina foi agredida por um único adolescente, ao contrário do que foi inicialmente informado. A tia de Alícia, que registrou um boletim de ocorrência, afirmou que a motivação da agressão ainda é desconhecida, mas especula-se que tenha relação com um desentendimento entre os jovens. A prefeitura de Belém do São Francisco negou qualquer negligência médica e defendeu que a alta foi decidida pela mãe sem autorização dos profissionais de saúde.
As implicações desse caso são profundas, levantando questões sobre a segurança nas escolas e a responsabilidade dos profissionais de saúde em situações de emergência. A comunidade local e as autoridades estão sob pressão para investigar não apenas as circunstâncias da agressão, mas também as práticas médicas que podem ter contribuído para a tragédia. O caso destaca a necessidade urgente de reformas na abordagem à saúde e segurança infantil nas instituições educacionais.