Roseli Faria, economista e militante do PSOL, faleceu nesta quinta-feira (11), em Brasília, aos 54 anos, após enfrentar um câncer colorretal. Ela foi uma figura central na formulação de políticas públicas e orçamentárias, destacando-se na luta pela implementação de cotas raciais para universidades e carreiras públicas. Sua morte é um grande golpe para o movimento social, especialmente para as mulheres negras e as comunidades marginalizadas que ela tanto defendeu.
Durante sua trajetória, Roseli foi pioneira nas comissões de heteroidentificação e atuou ativamente contra a PEC 32, que propunha reformas administrativas. A Associação Nacional dos Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental (Anesp) expressou profundo pesar pela perda, enfatizando seu compromisso com os mais pobres e sua luta incansável por justiça social. Outras organizações também lamentaram sua partida, reconhecendo seu papel fundamental na defesa de um orçamento público sensível a gênero e raça.
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, destacaram a importância do trabalho de Roseli na luta por igualdade racial e de gênero no Brasil. O velório ocorrerá à tarde no Cemitério Campo da Esperança, em Brasília. A ausência de Roseli será sentida nas lutas futuras, mas seu legado inspirará novas gerações a continuar sua missão por um Brasil mais justo e igualitário.