O Morgan Stanley decidiu manter sua recomendação de venda para as ações da Cemig (CMIG4), estatal de energia de Minas Gerais, citando expectativas fracas para dividendos e incertezas em relação à privatização da empresa. O banco projeta que a companhia terá um rendimento médio de um dígito em proventos entre 2025 e 2027, o que representa uma queda significativa em comparação aos 15% anunciados para 2024. Nos últimos 12 meses, o dividend yield da Cemig foi de 12,11%, conforme dados do Status Invest.
A incerteza sobre a privatização se deve à dificuldade de aprovação política, como destacou o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo-MG), que mencionou o apego da classe política às estatais. Apesar do cenário desafiador, analistas do Morgan Stanley ressaltaram os avanços no plano de investimento da Cemig, que prevê cerca de R$ 59,1 bilhões entre 2019 e 2029, com foco em redes e modernização dos ativos existentes.
O plano inclui um investimento ambicioso de R$ 21,9 bilhões na distribuição de energia entre 2023 e 2027, além de esforços em digitalização e inteligência artificial. A Cemig também está avaliando oportunidades de fusões e aquisições em Minas Gerais e renovando concessões de hidrelétricas, o que pode impactar positivamente suas operações futuras.