O ministro Alexandre de Moraes, relator da investigação sobre a suposta trama golpista, apresentou em 9 de setembro de 2025 uma cronologia dos atos executórios de uma organização criminosa que, segundo ele, foi liderada por Jair Bolsonaro. Moraes afirmou que o grupo atuou entre julho de 2021 e janeiro de 2023, buscando desestabilizar o Estado Democrático de Direito no Brasil. Entre os eventos destacados estão uma live de Bolsonaro em julho de 2021, discursos no 7 de Setembro e reuniões ministeriais que revelam um plano para minar a democracia.
O ministro apontou que a live de julho de 2021 foi um marco inicial, onde Bolsonaro atacou o sistema eleitoral sem apresentar provas, e que os discursos no 7 de Setembro instigaram a população contra o Judiciário. Moraes também mencionou um encontro com embaixadores em julho de 2022, onde Bolsonaro fez acusações infundadas sobre as eleições, além da atuação da Polícia Rodoviária Federal durante o segundo turno das eleições em outubro de 2022, que dificultou o transporte de eleitores.
As revelações de Moraes indicam uma tentativa coordenada de golpe, culminando nas invasões às sedes dos Três Poderes em Brasília em janeiro de 2023. O relato sugere que a organização criminosa buscava perpetuar-se no poder a qualquer custo, desrespeitando as regras democráticas e incitando a população contra as instituições. A gravidade das acusações levanta questões sobre a integridade da democracia brasileira e os riscos associados à normalização de discursos antidemocráticos.