O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu, nos dias 8 e 9 de setembro de 2025, manter a prisão preventiva do delegado da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, e de Robson Calixto Fonseca, conhecido como ‘Peixe’. Ambos são suspeitos de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes, em 2018. Moraes destacou que os fundamentos que motivaram a prisão permanecem válidos, incluindo a gravidade dos delitos e o risco de obstrução das investigações.
Na decisão, o ministro afirmou que não houve mudança no cenário processual que justificasse a revogação das medidas cautelares. Ele enfatizou a necessidade da prisão preventiva para assegurar a aplicação da lei penal e evitar que os acusados utilizem sua influência para embaraçar as investigações. Rivaldo Barbosa é acusado de atuar para garantir a impunidade dos mandantes do crime, enquanto Robson Calixto é apontado como operador financeiro da organização criminosa.
Ambos estão presos desde março de 2024, após serem delatados pelo ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado de ser um dos mandantes do assassinato. A defesa de Calixto solicitou a substituição da prisão por domiciliar, mas o pedido foi negado por Moraes, que reiterou que a prisão preventiva não deve ser confundida com a execução antecipada da pena. A continuidade das prisões reflete a complexidade e a gravidade do caso Marielle Franco.