O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, intimou nesta segunda-feira, 15, a Polícia Penal do Distrito Federal a fornecer explicações em 24 horas sobre a demora do ex-presidente Jair Bolsonaro em retornar para casa após procedimentos médicos realizados no último domingo, 14. Bolsonaro passou por uma cirurgia para remoção de lesões na pele e está sob investigação por tentativas de interferir em processos relacionados ao golpe de estado. A ordem foi emitida no contexto de um inquérito que também envolve seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
A decisão de Moraes exige um relatório detalhado sobre a escolta de Bolsonaro, incluindo informações sobre o veículo que o transportou e os agentes que o acompanharam. O ex-presidente, condenado a 27 anos e três meses de prisão, cumpre pena em regime domiciliar com restrições severas, como o uso de tornozeleira eletrônica e monitoramento contínuo. As defesas de Bolsonaro buscam atrasar o cumprimento da pena através de recursos legais, questionando a constitucionalidade das regras atuais do STF.
As implicações dessa ordem podem impactar significativamente o andamento das investigações e a estratégia de defesa do ex-presidente. A pressão sobre a Polícia Penal para esclarecer os eventos pode revelar novas informações sobre a condução do caso e influenciar as decisões judiciais futuras. Com o processo ainda em segredo de Justiça, a situação permanece tensa e cheia de incertezas para Bolsonaro e sua família.