Na terça-feira, 9 de setembro de 2025, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que a reunião ministerial realizada em 5 de julho de 2022 foi uma ação golpista. Durante a leitura de seu voto, Moraes destacou que as declarações feitas por ex-ministros militares durante o encontro reforçam as acusações da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados, sugerindo que havia um projeto articulado para atacar a Justiça Eleitoral e preparar um golpe de Estado.
Moraes enfatizou que o encontro não se limitou a discussões administrativas, mas visava ampliar a adesão ao plano conspiratório, incluindo a participação de comandantes das Forças Armadas. Ele argumentou que a presença desses oficiais em uma reunião ministerial, onde normalmente apenas o ministro da Defesa participa, tinha como objetivo conferir legitimidade e força militar a um projeto autoritário.
As declarações de Bolsonaro contra ministros do STF também foram mencionadas por Moraes, que ressaltou que o ex-presidente atacou a credibilidade do Judiciário sem apresentar provas. O desdobramento desse julgamento pode levar a condenações severas, refletindo a seriedade das tentativas de desestabilização do sistema democrático no Brasil.