O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e sete aliados por tentativa de golpe de Estado recomeçou nesta terça-feira (9), sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes. O relator rejeitou questões processuais levantadas pelas defesas e afirmou que há provas concretas dos crimes narrados pela Procuradoria-Geral da República, destacando que as tentativas de golpe e abolição do Estado Democrático de Direito devem ser punidas separadamente. Moraes rememorou eventos ocorridos entre julho de 2021 e janeiro de 2023, em Brasília, que evidenciam a atuação de uma organização criminosa liderada por Bolsonaro, com o objetivo de impedir a posse do presidente eleito Lula. O relator também mencionou o uso indevido de órgãos públicos, como a Agência Brasileira de Inteligência, para sustentar essa tentativa de manter o poder sem os devidos freios e contrapesos do Judiciário. As consequências desse julgamento podem ser profundas, afetando não apenas os réus, mas também o futuro político do Brasil e a confiança nas instituições democráticas.