O ministro Alexandre de Moraes, em seu voto no julgamento da suposta trama golpista, declarou que os discursos proferidos por Jair Bolsonaro durante os atos de 7 de Setembro de 2021 e 2022 configuram uma confissão pública de crime. Segundo Moraes, as falas do ex-presidente revelam uma intenção explícita de abolir o Estado Democrático de Direito e ameaçar diretamente o Supremo Tribunal Federal (STF). O relator enfatizou que tais declarações não são meras retóricas, mas sim instigações feitas em ambiente público, diante de milhares de apoiadores.
Moraes citou trechos específicos dos discursos em que Bolsonaro desafiou a autoridade do Judiciário e expressou sua recusa em aceitar derrotas eleitorais. O ministro argumentou que essas falas representam uma ameaça clara ao funcionamento do STF e à democracia brasileira. Ele também mencionou uma reunião ministerial considerada golpista, reforçando a ideia de que havia um núcleo organizado dentro do governo para atacar o sistema eleitoral.
As implicações dessas declarações são profundas, levantando questões sobre a segurança das instituições democráticas no Brasil. A postura de Bolsonaro, segundo Moraes, indica um desprezo pela vontade popular e um potencial para ações que poderiam comprometer a estabilidade do país. O julgamento em curso poderá ter desdobramentos significativos para a política brasileira e a proteção da democracia.