A intensificação dos bombardeios israelenses na Cidade de Gaza tem deixado os moradores em um estado de desespero, sem saber para onde fugir. “Todos os dias há morte, há medo da morte, e a destruição de lares prossegue”, afirma um palestino. O arqueólogo Fadel al-Otol, que deixou Gaza recentemente, observa a devastação de sua cidade natal com preocupação, especialmente em relação aos sítios arqueológicos e à história que podem ser perdidos.
A Cidade de Gaza, uma das mais antigas do mundo, enfrenta uma crise humanitária sem precedentes. De acordo com a ONU, mais de 1 milhão de palestinos vivem na região, e 80% do território já não é acessível. As Forças de Defesa de Israel (FDI) controlam atualmente 40% da cidade e intensificaram os ataques, visando expulsar os moradores antes de uma possível invasão terrestre.
A situação se agrava com a declaração de fome na Faixa de Gaza, provocada por bloqueios e restrições à ajuda humanitária. Ativistas como Amjad Shawa relatam que milhares de famílias estão nas ruas, sem abrigo ou assistência adequada. O futuro da população e do patrimônio cultural da Cidade de Gaza permanece incerto em meio a um conflito que já resultou na morte de dezenas de milhares de palestinos.