O Monte Sinai, um dos locais mais sagrados do Egito, está no centro de uma controvérsia acirrada devido a planos para transformá-lo em um megaprojeto turístico. Conhecido como Jabal Musa, o local é venerado por judeus, cristãos e muçulmanos e abriga o Mosteiro de Santa Catarina, o mais antigo em uso contínuo no mundo. A construção de hotéis de luxo e vilas na região gera preocupações entre a comunidade beduína local e a Igreja Ortodoxa Grega, que teme pela preservação do patrimônio cultural e religioso da área.
O projeto de desenvolvimento turístico, promovido pelo governo egípcio, inclui a construção de um grande centro de visitantes e a expansão do aeroporto próximo. No entanto, a implementação tem sido contestada por moradores locais, que relatam a demolição de suas casas e a falta de compensação adequada. A Grécia, ligada ao mosteiro, expressou preocupações sobre a expropriação das terras e as tensões entre Atenas e Cairo aumentaram após uma decisão judicial que limita os direitos do mosteiro sobre suas terras.
Enquanto o Egito promove o projeto como uma oportunidade de desenvolvimento sustentável, críticos argumentam que ele ignora as necessidades e desejos da comunidade beduína tradicional. A situação continua a evoluir, com esforços diplomáticos em andamento para garantir a proteção da identidade grego-ortodoxa e do patrimônio cultural da região. O futuro do Monte Sinai permanece incerto à medida que as disputas entre interesses turísticos e a preservação cultural se intensificam.