A monarquia absolutista, um dos sistemas políticos mais antigos do mundo, ainda se mantém em seis países, onde o poder é centralizado na figura do rei. Luís XIV da França, conhecido como Rei Sol, exemplifica essa forma de governo que, historicamente, permitiu ao monarca exercer autoridade total sobre o Estado. Em entrevista à CNN, o professor Renato de Almeida ressalta que esse modelo foi predominante até o século XIX e que sua essência reside na concentração de poder nas mãos de um único governante.
Atualmente, países como Arábia Saudita, Brunei e Omã mantêm a monarquia absolutista, caracterizada por regimes fortes e baixa participação popular. O especialista explica que esses sistemas podem ser considerados ditatoriais, promovendo a repressão a opositores e refletindo uma organização política baseada em laços de parentesco. A crença nos direitos divinos dos reis reforça a ideia de que sua autoridade não é questionável e está acima das leis.
Apesar da raridade das monarquias absolutistas hoje, elas ainda representam uma forma de governo que limita a participação popular e pode levar a movimentos de rebelião interna. A advogada Talita Dal Lago Fermanian destaca que existem 43 monarquias no mundo, sendo a maioria parlamentaristas, onde o poder político é exercido por parlamentos eleitos. Essa distinção entre os tipos de monarquia evidencia as diferentes dinâmicas políticas e sociais que ainda persistem globalmente.