O voto do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), provocou controvérsia ao defender a absolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus pelo crime de organização criminosa. A leitura, que se estendeu por mais de sete horas, não apenas trouxe à tona questões jurídicas relevantes, mas também expôs as reações dos demais integrantes da Primeira Turma, que foram flagrados utilizando celulares e conversando durante a sessão. A ministra Cármen Lúcia, por exemplo, foi vista digitando mensagens enquanto Fux apresentava seu voto, assim como os ministros Flávio Dino e Alexandre de Moraes.
Além das distrações, o clima de tensão foi palpável, com momentos em que Moraes e Cármen Lúcia se inclinaram para cochichar durante a explanação de Fux. A quantidade de anotações feitas por Cármen Lúcia se destacou, enquanto Dino registrou pontos do voto em menor intensidade. As saídas temporárias de Moraes, Cármen e Dino para a sala privativa dos ministros também chamaram a atenção, refletindo uma situação já observada em outras sessões. Esse episódio ressalta a divisão política e jurídica em torno do julgamento, que continua a gerar forte repercussão na sociedade brasileira.
As implicações desse julgamento são significativas, pois refletem não apenas a postura do STF em relação a figuras políticas proeminentes, mas também o clima de polarização que permeia o cenário político nacional. A defesa de Fux pela absolvição de Bolsonaro pode influenciar futuras decisões judiciais e moldar o debate público sobre a legitimidade das ações governamentais. Com a atenção da mídia e da população voltadas para o desdobramento desse caso, as reações dos ministros durante a sessão podem ser vistas como um reflexo das tensões políticas atuais no Brasil.