Na sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) realizada na quinta-feira, 11 de setembro de 2025, ministros comentaram em tom irônico o voto do colega Luiz Fux, que havia apontado cerceamento de defesa no julgamento da chamada trama golpista. Fux acatou a preliminar das defesas que alegaram um ‘document dump’, referindo-se à entrega tardia de um grande volume de provas, e argumentou que isso prejudicou a atuação dos advogados dos réus. No entanto, outros integrantes da Corte observaram que o próprio voto de Fux citou trechos detalhados das provas do inquérito, contradizendo sua tese sobre o prejuízo às defesas.
Um dos ministros destacou que Fux conseguiu analisar os documentos com o apoio de sua equipe, o que levantou questionamentos sobre a validade de sua argumentação. Apesar das divergências entre os ministros, a maioria já se formou pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus, com três ministros votando pela condenação por crimes como golpe de Estado e organização criminosa. O placar parcial está em 3 a 1, e o processo segue em análise na Primeira Turma do STF, que ainda deve concluir os votos sobre a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).