Diosdado Cabello, ministro do Interior da Venezuela, acusou os Estados Unidos de cometer assassinato durante seu programa semanal de televisão. A declaração veio após um ataque com drone a um barco que, segundo o governo Trump, pertencia ao grupo narcotraficante Tren de Aragua e estava transportando drogas. O ataque, que resultou na morte de 11 pessoas, gerou uma onda de indignação, com Cabello afirmando que nenhuma suspeita de narcotráfico justifica execuções extrajudiciais no mar.
O ataque ocorreu na região costeira do sul do Caribe e intensificou as tensões entre EUA e Venezuela, que já estavam elevadas devido ao envio de mais de 4.500 militares americanos para as costas venezuelanas. Cabello criticou a falta de explicações por parte dos EUA e questionou o direito à defesa dos envolvidos. Ele também anunciou exercícios militares da Milícia Bolivariana, composta por civis, programados para os dias 4 e 5 de setembro.
As implicações desse incidente podem ser significativas, pois refletem um aumento nas hostilidades entre os dois países e levantam preocupações sobre uma possível escalada militar na região. A Venezuela pode intensificar suas ações defensivas em resposta ao que considera uma agressão, enquanto os EUA continuam a afirmar que suas operações visam combater o narcotráfico. O cenário atual sugere um potencial aumento da instabilidade na América Latina.