O Ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, se posicionou sobre a Ação Penal 2668, que envolve os condenados pelos eventos de 8 de janeiro, afirmando que as penas aplicadas são excessivas. Em seu voto, Fux refutou a ideia de golpe, argumentando que não houve mobilização militar e que as conversas não resultariam em uma tentativa de golpe. Ele enfatizou a importância do direito de defesa como um pilar da democracia, destacando falhas no processo judicial e defendendo a necessidade de pacificação social no Brasil.
Fux, com uma longa carreira na magistratura e como relator do atual Código de Processo Civil, trouxe à tona preocupações sobre o rito processual adotado na Ação Penal 2668. Ele criticou a limitação das sustentações orais e o acesso restrito às provas pelos advogados, reafirmando que o direito de defesa é sagrado em uma democracia. Sua análise técnica e isenta de conotações políticas foi vista como essencial para o momento atual do país.
O voto do Ministro Fux sugere que o Brasil deve buscar uma pacificação diante das polarizações sociais que têm gerado tensões e ódio entre os cidadãos. Ao defender a revisão das penas e a valorização do direito à defesa, Fux propõe um caminho para a reconciliação nacional, essencial para o crescimento e a estabilidade do país. Sua posição reflete um apelo por um diálogo mais construtivo entre as diferentes correntes políticas e sociais.