Celso Sabino, ministro do Turismo, encontra-se em uma situação delicada, pressionado pelo União Brasil, seu partido, que discute sua saída e impôs um ultimato. Durante uma entrevista à Jovem Pan, ACM Neto deixou claro que Sabino precisa demonstrar força política para continuar no cargo. Em meio a esse cenário, o setor de turismo brasileiro bateu recorde no primeiro semestre de 2025, com faturamento de R$ 108 bilhões, segundo a FecomercioSP, representando um crescimento de 6,9% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Os resultados positivos do turismo, impulsionados principalmente pelo aumento no alojamento e no transporte aéreo, são vistos como um trunfo por Sabino. Ele afirmou que “o turismo brasileiro deixou de ser promessa e virou realidade”, destacando a importância do setor na geração de emprego e renda. Fontes próximas ao governo indicam que o ministro deve permanecer no cargo até novembro, quando ocorrerá a COP30 em Belém, evento crucial para o Brasil e para sua posição como presidente do Conselho Executivo da ONU Turismo.
A matemática política de Sabino é clara: se os números históricos do turismo forem suficientes para convencer o União Brasil e o Planalto de sua relevância, ele poderá garantir sua permanência. Caso contrário, mesmo com um setor aquecido, sua saída pode ser iminente. A pressão sobre o ministro reflete não apenas a dinâmica interna do governo, mas também as expectativas em torno da performance econômica do país em um momento de desaceleração geral.