O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (30) que está em negociação com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) para criar uma reserva estratégica do antídoto fomepizol, utilizado no tratamento de intoxicação por metanol. O medicamento, considerado o mais eficaz para esse tipo de envenenamento, ainda não possui registro no Brasil e precisa ser importado. Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) utiliza o etanol farmacêutico como antídoto, disponível em 32 centros de referência espalhados pelo país.
A intoxicação por metanol tem causado preocupação após a confirmação de cinco mortes em São Paulo, uma delas comprovadamente relacionada ao consumo de bebida alcoólica adulterada. O metanol é uma substância tóxica e inflamável que pode causar sintomas graves, como convulsões, cegueira e até morte. O Ministério da Saúde mantém protocolos para notificação e manejo dos casos suspeitos, enquanto as autoridades paulistas investigam os locais que comercializaram as bebidas contaminadas.
A criação da reserva estratégica do fomepizol pode ampliar a capacidade do Brasil em responder rapidamente a casos de intoxicação por metanol, reduzindo os efeitos adversos e salvando vidas. A parceria com a Opas também busca facilitar a aquisição do medicamento para centros especializados, fortalecendo a vigilância toxicológica e a segurança sanitária no país.