O Ministério da Saúde está em negociação com a Organização Mundial da Saúde (OMS) para criar uma reserva estratégica de antídotos contra intoxicação por metanol no Brasil. Atualmente, o país utiliza o etanol farmacêutico como antídoto, mas o fomepizol, considerado mais eficaz e com menos efeitos colaterais, ainda não possui registro na Anvisa. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, busca garantir o acesso ao fomepizol por meio dessa parceria, visando reforçar os estoques nacionais.
O metanol é uma substância altamente tóxica e inflamável, cuja ingestão ou exposição pode causar sintomas graves como náuseas, tonturas, convulsões, cegueira e até a morte. Recentemente, cinco mortes foram confirmadas em São Paulo devido à intoxicação por metanol, além de diversos casos suspeitos. Em resposta, o Ministério publicou uma nota técnica com orientações para profissionais de saúde e determinou a notificação obrigatória desses casos em todo o país. Paralelamente, a polícia intensificou ações para apreender bebidas alcoólicas adulteradas e identificar estabelecimentos irregulares.
A iniciativa do Ministério da Saúde em parceria com a OMS visa ampliar o acesso ao fomepizol e fortalecer os protocolos de atendimento emergencial, contribuindo para a prevenção e controle das intoxicações por metanol. A medida reforça a importância do cuidado com a procedência dos produtos consumidos e da rápida assistência médica diante dos sintomas, protegendo a saúde pública e evitando novos casos fatais.