O Ministério da Saúde do Brasil anunciou a criação dos comitês Gestor e Técnico Independente para monitorar a implementação da terapia gênica Zolgensma, destinada ao tratamento da Atrofia Muscular Espinhal (AME) no Sistema Único de Saúde (SUS). Com essa medida, o Brasil se torna um dos seis países do mundo a oferecer esse tipo de tratamento no sistema público, que anteriormente enfrentava desafios legais devido ao alto custo da terapia.
A nova estratégia do Ministério, firmada em parceria com a farmacêutica Novartis Biociências, estabelece um modelo de compartilhamento de riscos, onde o SUS pagará pela terapia apenas se sua eficácia for comprovada. O Comitê Gestor será encarregado de monitorar e avaliar a execução do acordo, além de autorizar centros de infusão e analisar resultados clínicos. Por sua vez, o Comitê Técnico Independente, composto por especialistas em saúde, validará a elegibilidade dos pacientes e emitirá pareceres sobre segurança e eficácia.
Essa iniciativa não apenas amplia o acesso ao tratamento para pacientes com AME, mas também busca garantir uma gestão mais eficiente dos recursos públicos. A criação desses comitês representa um avanço significativo na política de saúde do país, refletindo um compromisso com a inovação e a responsabilidade fiscal na saúde pública.