A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda anunciou uma revisão na projeção da inflação para 2025, reduzindo-a de 4,9% para 4,8%. A atualização foi divulgada no Boletim Macrofiscal em 11 de setembro e reflete um cenário de excesso de oferta de bens globalmente, além das tarifas comerciais elevadas, especialmente as impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O boletim também destaca a diminuição da inflação no atacado agropecuário e industrial, assim como os efeitos do real mais valorizado. Apesar da revisão para baixo, a inflação permanece acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Para 2026, a expectativa é que a inflação se mantenha em 3,6%, convergindo para o centro da meta nos anos seguintes.
Além disso, a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro foi ajustada de 2,5% para 2,3%, refletindo um desempenho econômico abaixo do esperado. O boletim aponta que a desaceleração da atividade econômica está ligada à política monetária restritiva e à redução no crédito, o que pode ter implicações significativas para o consumo das famílias e o investimento no país.