No último sábado, 30 de agosto, Daniel Mourão, um terceiro-sargento reformado do Exército, foi preso após ameaçar detonar uma bomba na Praça dos Três Poderes, em Brasília. O militar exigiu ser recebido pelo ministro Alexandre de Moraes, relator de um processo no Supremo Tribunal Federal (STF), e afirmou que explodiria tudo caso sua demanda não fosse atendida.
A situação ocorreu dias antes do início da fase final do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) prendeu Mourão durante a Operação Petardo, que investiga ameaças de bomba. Após a inspeção da mochila do suspeito, constatou-se que ele não portava explosivos, mas apenas roupas e uma garrafa de água.
A juíza Nádia Vieira de Mello Ladosky concedeu liberdade provisória a Mourão, que está proibido de frequentar a Praça dos Três Poderes e de se ausentar de Brasília por mais de 30 dias sem autorização judicial. O caso é investigado pela 5ª Delegacia de Polícia da área central da capital, e o militar permanece internado devido a distúrbios psiquiátricos.