Miguel Reale Jr., ex-ministro da Justiça e um dos autores do pedido de impeachment contra Dilma Rousseff, comentou sobre o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, que terá início no dia 2 de setembro de 2025. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Reale Jr. enfatizou que anistiar Bolsonaro seria uma traição à democracia brasileira, considerando o julgamento no STF um momento crucial para a reafirmação democrática.
Reale Jr. destacou que as medidas que culminaram nos eventos de 8 de janeiro deixaram feridas profundas na democracia e que a cura deve ocorrer por meio do devido processo criminal, garantindo o direito de defesa e o contraditório. Ele criticou os defensores da anistia, afirmando que buscam impunidade em vez de verdadeira pacificação, o que poderia comprometer a soberania e a economia do Brasil.
Ao ser questionado sobre o ministro do STF Alexandre de Moraes, Reale Jr. defendeu sua condução no processo, afirmando que não há impedimentos para seu trabalho. Ele reiterou sua posição sobre o impeachment de Dilma, afirmando que foi necessário para evitar uma crise econômica ainda maior no país. Para Reale Jr., a continuidade do governo Dilma teria levado o Brasil a uma recessão sem precedentes.