Em um discurso carregado de conotações religiosas, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro pediu neste domingo (7) o arrependimento do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), durante um ato bolsonarista na Avenida Paulista, em São Paulo. Ao lado do pastor Silas Malafaia, ela invocou a oração do ‘Pai-Nosso’ e solicitou preces pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro, seu enteado, que se encontra nos Estados Unidos buscando sanções ao Brasil. Michelle também denunciou uma suposta perseguição religiosa e afirmou que sua liberdade tem sido restringida por medidas judiciais, enquanto seu marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro, permanece em prisão domiciliar.
A ex-primeira-dama expressou sua crença de que Deus revelará os inimigos da nação e criticou a vigilância policial que enfrenta em sua residência. Durante o ato, ela reproduziu um áudio de Jair Bolsonaro, que não pode se manifestar nas redes sociais, enfatizando a mensagem de ‘Deus, Pátria e Liberdade’. O evento reuniu figuras políticas como os governadores Tarcísio de Freitas e Romeu Zema, além de outros aliados do ex-presidente, que clamaram pela anistia de Bolsonaro e dispararam críticas ao STF.
As declarações de Michelle refletem um clima de tensão política e religiosa no Brasil, onde a polarização continua a ser um tema central. O discurso não apenas reforça a base de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, mas também destaca as divisões existentes no país em relação à liberdade religiosa e à atuação do Judiciário. O ato evidencia a mobilização contínua dos apoiadores de Bolsonaro em busca de legitimidade e apoio popular em meio a um cenário político conturbado.