Mortes registradas em cidades do estado de São Paulo após o consumo de bebidas alcoólicas adulteradas trouxeram à tona a importância de distinguir entre metanol e etanol. Ambos são álcoois incolores, inflamáveis e com cheiro semelhante, mas possuem estruturas químicas diferentes que impactam diretamente sua toxicidade. O etanol, presente nas bebidas alcoólicas, é seguro para consumo em doses controladas, enquanto o metanol é extremamente tóxico e não deve ser ingerido.
O metanol possui apenas um átomo de carbono (CH₃OH), ao contrário do etanol (C₂H₆O), que tem dois. Essa diferença estrutural faz com que o metanol seja metabolizado pelo organismo de forma prejudicial, podendo causar intoxicação grave, incluindo sintomas como náuseas, dores abdominais, visão turva e até levar à morte. Apesar disso, o metanol tem aplicações industriais legítimas, como na produção de formaldeído, solventes, tintas e biodiesel, mas não deve ser comercializado para consumo humano.
Diante dos casos recentes, autoridades reforçam a necessidade de fiscalização rigorosa para evitar a adulteração de bebidas alcoólicas com metanol. A conscientização sobre os riscos associados ao consumo desse álcool tóxico é fundamental para prevenir novos casos de intoxicação e proteger a saúde pública no estado de São Paulo.