O Mercosul firmará um acordo de livre comércio com a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) na próxima terça-feira, 16 de setembro, no Rio de Janeiro. O anúncio foi feito pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE), destacando que a EFTA é composta por Noruega, Suíça, Islândia e Liechtenstein, que juntos somam 15 milhões de habitantes e um PIB de US$ 1,4 trilhão. Este acordo permitirá ao Mercosul acesso preferencial aos principais mercados europeus, em um contexto de crescente instabilidade econômica internacional devido às tarifas impostas pelo governo Trump.
O governo brasileiro enfatiza a importância da diversificação das parcerias econômicas do Mercosul e a modernização dos acordos regionais. Além disso, o Brasil está em vias de aprovar um acordo com a União Europeia (UE) até dezembro de 2025, embora enfrente resistência da França, que organizou protestos contra o pacto comercial. A FNSEA, principal organização de produtores franceses, critica o acordo por considerar que ele favorece produtos importados em detrimento da agricultura local.
Se aprovado, o acordo entre Mercosul e EFTA poderá criar a maior zona de livre comércio do mundo, abrangendo um PIB de aproximadamente US$ 22 trilhões e um mercado consumidor superior a 700 milhões de pessoas. As negociações em andamento refletem uma estratégia do Brasil para fortalecer sua posição comercial global em meio a desafios impostos por novas barreiras comerciais e a necessidade de garantir padrões de qualidade nas importações agrícolas.