O mercado financeiro revisou para baixo a previsão da inflação oficial do Brasil em 2025, estimando um IPCA de 4,81%, segundo o boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (29). A projeção anterior era de 4,83%. Para o Produto Interno Bruto (PIB), a expectativa permanece em crescimento de 2,16% neste ano.
A meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional é de 3%, com intervalo de tolerância entre 1,5% e 4,5%, o que indica que a previsão atual está acima do teto permitido. Em agosto, a inflação oficial apresentou deflação de 0,11%, influenciada pela redução na conta de energia elétrica. A taxa básica de juros Selic foi mantida em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom), que pretende mantê-la nesse patamar por um período prolongado para assegurar o controle inflacionário.
Para os próximos anos, o mercado projeta uma queda gradual da inflação, chegando a 3,7% em 2028, e uma redução progressiva da Selic para 10% ao ano. O crescimento econômico deve continuar moderado, impulsionado principalmente pelos setores de serviços e indústria. A cotação do dólar está prevista entre R$ 5,48 e R$ 5,58 até o final de 2026. O cenário reflete incertezas externas e uma política monetária cautelosa para equilibrar controle da inflação e estímulo à economia.