A ONG Médicos Sem Fronteiras decidiu suspender suas atividades médicas na Cidade de Gaza em resposta ao avanço das forças israelenses. A decisão foi anunciada na sexta-feira (26) pelo coordenador de emergência da organização, Jacob Granger, que afirmou que as clínicas estão cercadas e a situação de segurança se deteriora rapidamente. Granger ressaltou que as necessidades na região são imensas, com bebês em cuidados neonatais e palestinos gravemente feridos em risco iminente.
A interrupção das atividades ocorre em meio a ataques aéreos contínuos e o avanço de tanques israelenses nas proximidades das instalações de saúde da ONG. A organização expressou preocupação com o nível inaceitável de risco para sua equipe e pediu o fim imediato da violência, além de medidas concretas para proteger os civis e garantir acesso seguro às organizações humanitárias. A crise humanitária na Faixa de Gaza se intensificou após a recusa de Israel em cooperar com a UNRWA, resultando no fechamento de centros de distribuição de ajuda.
As consequências dessa suspensão são alarmantes, pois centenas de palestinos dependem dos serviços médicos prestados pela ONG. A situação se agrava com relatos de tropas israelenses abrindo fogo contra civis que aguardam ajuda, evidenciando a urgência da intervenção humanitária. Médicos Sem Fronteiras clama por ações imediatas para assegurar a proteção dos civis e o restabelecimento do acesso humanitário na região.