Sadat, um médico de combate brasileiro, retornou ao Brasil após oito meses de atuação na Ucrânia para cumprir uma promessa: entregar os pertences de um colega desaparecido na guerra à sua família em Paranaguá, Paraná. O jovem de 22 anos, que buscava experiência militar, desapareceu durante uma missão em uma unidade de assalto em novembro de 2024. Emocionado, Sadat afirmou que só conseguiria seguir em frente após essa entrega, que representa um fechamento para ele.
Durante sua estadia na Ucrânia, Sadat descreveu o campo de batalha como um “inferno na terra”, repleto de perigos e melancolia. Agora, ele planeja voltar a São Paulo e retomar sua carreira como cirurgião dentista. O Itamaraty informou que, até julho, havia registros de 10 brasileiros mortos e 17 desaparecidos no conflito entre Rússia e Ucrânia, que já dura desde fevereiro de 2022 e continua sem uma solução clara.
A guerra na Ucrânia tem gerado intensos combates e um grande número de refugiados, com apoio militar e humanitário vindo de países ocidentais. Apesar das negociações em andamento, a situação permanece crítica e sem perspectivas concretas de resolução. A entrega dos pertences do jovem paranaense simboliza não apenas a dor da perda, mas também a luta contínua de muitos brasileiros envolvidos no conflito.