O médico Luiz Antonio Garnica, preso desde maio sob a acusação de planejar a morte de sua esposa, Larissa Rodrigues, chora todos os dias na cadeia, conforme relatado por sua defesa. O caso, que ocorreu em março deste ano em Ribeirão Preto (SP), teve início com o envenenamento da professora, e nesta terça-feira (9) a Justiça começou a ouvir os depoimentos de 24 testemunhas. Garnica nega as acusações e afirma que sua mãe, Elizabete Arrabaça, agiu sozinha ao envenenar Larissa com chumbinho.
De acordo com o Ministério Público e a Polícia Civil, Garnica teria colaborado com sua mãe no crime para evitar um divórcio que poderia prejudicar sua situação financeira. A investigação revelou que ambos estavam endividados e que, após a morte de Larissa, o médico acionou um seguro para quitar o financiamento do apartamento onde moravam. A defesa contesta as alegações de dificuldades financeiras e afirma que não há provas suficientes para vincular Garnica à ação de sua mãe.
As acusações contra Garnica e Elizabete incluem feminicídio qualificado e fraude processual. O caso levanta questões sobre relações familiares e interesses financeiros, especialmente considerando que Larissa havia manifestado a intenção de se divorciar no dia anterior ao seu falecimento. A continuidade do processo judicial poderá trazer novos desdobramentos sobre a dinâmica familiar e as motivações por trás do crime.