O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, solicitou sua transferência para a reserva do Exército nesta terça-feira, 2 de setembro de 2025. A defesa de Cid alegou que ele não tem mais condições psicológicas de continuar como militar, após quase 30 anos de serviço. Para se aposentar voluntariamente, oficiais precisam cumprir pelo menos 35 anos de serviço, o que torna sua solicitação uma baixa pela quota compulsória, que garante remuneração proporcional ao tempo de serviço.
Durante o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), a defesa enfatizou que Cid não teve participação ativa na tentativa de golpe e que sua proximidade com Bolsonaro prejudicou sua vida. Os advogados destacaram a importância da colaboração premiada de Cid para as investigações e argumentaram que penalizá-lo após seu testemunho poderia comprometer a credibilidade desse mecanismo legal. O acordo de delação prevê benefícios como perdão judicial e segurança para Cid e sua família.
A situação de Mauro Cid levanta questões sobre o uso da colaboração premiada no Brasil e suas implicações para outros casos semelhantes. A defesa argumenta que a delação foi feita de forma voluntária e sem coação, o que reforça a legitimidade do processo. O desdobramento desse caso pode influenciar futuras investigações e a percepção pública sobre a justiça em casos envolvendo figuras políticas.