O tenente-coronel Mauro Cid, delator em um caso de conspiração golpista, solicitou sua saída do Exército durante o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). A defesa de Cid foi a primeira a se pronunciar no tribunal, destacando que ele não possui mais condições psicológicas para continuar como militar. O advogado Jair Alves Ferreira afirmou que a delação premiada foi um “processo traumático” para Cid, que revelou fatos envolvendo não apenas o ex-presidente Jair Bolsonaro, mas também generais de alta patente, como Braga Netto, atualmente preso por tentar obstruir as investigações.
Cid tem enfrentado isolamento e a percepção de traição entre seus colegas devido à sua colaboração. Apesar dos custos pessoais elevados, a defesa argumenta que a delação foi crucial para esclarecer aspectos centrais da trama golpista. O pedido de baixa do Exército foi protocolado há cerca de um mês e ainda não recebeu uma decisão do STF, evidenciando as complexidades e as consequências da situação para o militar e para o contexto político mais amplo.