O Almirante Alexandre Rabello de Faria, diretor-geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, afirmou que o Brasil precisa de uma frota de submarinos nucleares para garantir a segurança de suas fronteiras marítimas. Ele destacou que cerca de 95% do comércio exterior brasileiro é realizado por vias marinhas, além de uma significativa parte da extração de petróleo e gás natural depender do mar. A vulnerabilidade marítima do Brasil foi evidenciada em conflitos passados, onde ataques a submarinos afetaram o comércio nacional.
Rabello enfatizou a extensão costeira do Brasil, que se estende por aproximadamente 7.491 km, e comparou a eficácia de submarinos nucleares com os diesel-elétricos, que levariam muito mais tempo para alcançar áreas estratégicas. Ele argumentou que, assim como a Força Aérea monitora o espaço aéreo e o Exército cuida das fronteiras terrestres, é crucial estabelecer um sistema de vigilância para as fronteiras marítimas, que são as mais vulneráveis do país.
O projeto do submarino nuclear, que está em desenvolvimento há quase cinco décadas, é considerado uma solução estratégica para a defesa nacional e um marco na capacidade científica do Brasil. Com previsão de conclusão em 2035, a iniciativa é vista como um incremento sem precedentes na Força Naval brasileira e um avanço significativo na engenharia nacional, conforme ressaltou o Almirante Rabello.